30 de dez. de 2011

O último... é o último!


Em alguns dias adentraremos em 2012... 1º de Janeiro está logo ali... mais um ano repleto de sonhos a se sonhar, planos a se concretizar, objetivos a se alcançar, amores a se buscar... mas o mais interessante é que nesse ano que está por terminar, o último dia do ano corresponde ao último dia da semana, o Sábado! Quão maravilhoso será passar o último dia do ano dentro das horas sabáticas, pois a esse dia Deus abençoou e santificou, uma vez que descansou de toda a obra da criação (Gênesis 2:2-3).
Lembre-se que o “sábado foi feito por causa do homem, e não o homem por causa do sábado” (Marcos 2:27), portanto, aproveite esse presente de Deus e procure estar, tanto nesse último dia do ano, o Sábado, quanto no primeiro dia e em todo o ano novo, mais próximo do nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo!
Desde já desejo a todos um feliz sábado, um feliz 2012 e dias e mais dias, anos e mais anos para louvar e bendizer o nome do nosso Deus!

Amém!

Tiago Henrique Mendes

26 de nov. de 2011

Em obras...

“estou convencido de que Aquele que começou a boa obra em vocês, vai completá-la até o dia de Cristo Jesus” | Filipenses 1:6

Adoração...

Nada mais que seja somente estético me cativa. Não consigo mais interagir com arte destituída de essência. Ou você carrega uma verdade e a expressa no mundo através da multiforme criatividade que Deus distribuiu ou é melhor que não se proponha a ser artista em nome dEle.
O que me fascina é a verdade que se oculta atrás do som, da cor, da expressão. Tenho buscado libertação das formas e me concentrado na busca pelo significado último das realidades que experimento. e não me refiro apenas a arte. Falo da vida, dos relacionamentos, da maneira como interagimos com as coisas. Falo da minha espiritualidade e do modo como busco adorar ao Senhor enquanto caminho na existência.
Estou cansado de intérpretes. Não precisamos deles. Oro para que Deus levante mais ministros. Artistas com discurso na alma. Gente que faz da vida um palco de ministração. Por hoje quero a simplicidade que Cristo ensinou. Preciso ser encontrado como adorador pelos olhos dAquele que discerne minha essência e isso será mais que suficiente.

“está chegando a hora, e de fato já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade. São estes os adoradores que o Pai procura. Deus é espírito, e é necessário que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade”. |
João 4:23-24

Oro para que neste dia seja assim para nós.

Graça e shalom nAquele que é capaz de me enxergar como adorador.

11 de nov. de 2011

Estacas imaginárias...


A minha alma está apegada ao pó;
vivifica-me segundo a Tua Palavra.

Salmo 119:25

Você já viu um elefante de várias toneladas amarrado a uma estaca tão pequena que até uma criança poderia arrancar? Por estranho que pareça, esse quadro tem uma explicação. Os elefantes têm uma memória prodigiosa, mas não são muito inteligentes. Quando pequenos e ainda sem muita força, são amarrados a estacas. Os filhotes se esforçam por libertar-se. Tentam inutilmente uma e outra vez, até que chegam à conclusão de que é impossível fugir. Nesse ponto, entra em ação a prodigiosa memória, e eles se lembrarão pelo resto da vida de que não podem arrancar a estaca.
A mesma coisa acontece com o ser humano. Quando é pequeno, alguém diz: “Você não presta”, ou “você vive só para criar problemas”, e pronto. Uma pequena estaca é colocada no inconsciente e, mesmo quando os anos passam, fica amarrado a estacas imaginárias que o impedem de alcançar os ideais elevados para os quais foi criado.
O texto de hoje afirma: “A minha alma está apegada ao pó.” Por alguma razão, o salmista também carregava na sua vida “estacas” imaginárias que não o deixavam ser feliz. Esforçava-se, lutava, mas os complexos interiores eram mais fortes que suas decisões conscientes. Até que um dia clamou ao Senhor: “Vivifica-me com a Tua palavra.” E, nesse instante, começou a nascer um novo dia em sua derrotada experiência.
Faça uma revisão de sua vida hoje, antes de sair para a luta diária. Existe alguma “estaca” que não o deixa ser feliz? Esse complexo, trauma, ou como você queira chamá-lo, está destruindo sua vida profissional, seu casamento ou a vida dos seus filhos?
Se a Palavra de Deus teve poder para criar a vida quando nada existia, se ela teve poder para recriar tudo que o inimigo tinha destruído, com toda certeza tem também poder para restaurar você de maneira completa. O instrumento que Deus usa para isso é a Sua palavra. Acreditar na Sua palavra é acreditar em Jesus. Jesus é liberdade.
Por isso, hoje, no compartimento secreto do seu coração, clame ao Senhor e diga: “A minha alma está apegada ao pó; vivifica-me segundo a Tua palavra.” Que Deus o proteja ao longo do dia.

14 de out. de 2011

Hipocrisia travestida...


Muitos daqueles que professam seguir a Cristo mantém sua fé naquilo que dizem ou naquilo que pensam sobre Cristo, mas, infelizmente, o que fazem não reflete a crença que professam ter...

8 de out. de 2011

Você bebe dessa "água"?

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O próximo...

Tudo quanto te vier à mão para fazer,
faze-o conforme as tuas forças¹...


Link
Recentemente tomei ciência de dois sites, mendigourbano e bancodaarvore, que, de uma forma inteligente, visam, respectivamente, auxiliar moradores de rua e a neutralização das emissões de carbono através do plantio de árvores.
Nada contra, aliás, achei muitíssimo interessantes ambas as iniciativas e creio eu que obterão sucesso evidente, mas, pensando bem, sucesso esse que demonstra escancaradamente nosso comodismo e descaso.
Descaso? Sim, descaso... pois, se não me atenho a estender a mão ao ser real que se encontra ao meu lado, ou então, a colocar minhas próprias mãos na terra, posso, a fim de aliviar minha consciência, dar algum dinheiro como “solução” do meu e do problema alheio, algo menos pessoal, mais virtual, mais confortável para quem está bem acomodado em suas poltronas.
Entendo que em propostas desse tipo fazem como que o “amar o próximo como a ti mesmo² se resuma, única e exclusivamente, em prover financiamento para que outros “amem” o meu próximo.
Felizes os que recebem a ajuda de iniciativas assim, mas, me pego a pensar, como fica a consciência dos que se restringem a “amar o próximo” somente dessa maneira, como um amor efêmero, simplista, trivial e descartável.
Que possamos “amar o [nosso] próximo” verdadeiramente, de forma autêntica, vívida e, se preciso for, também com financiamento de projetos como os acima citados.

Graça e Paz a todos os filhos de Deus e... mãos à obra!


Tiago Henrique Mendes

¹
Eclesiastes 9:10
² Lucas 10:27

30 de set. de 2011

Metamorfose...


A justificação é o “banho” no sangue de Cristo.
A santificação é andar com a roupa limpa.
A glorificação é pôr uma roupa que não suja.

A justificação tira a gente do buraco do pecado.
A santificação impede que vivamos caindo nele.
A glorificação elimina o buraco.

A justificação é Jesus dizendo a Maria:

“Eu também não te condeno”.
A santificação é Ele acrescentando:

“Vai e não peques mais”.
A glorificação é Ele falando, no fim:

“Entra no Meu reino”.

A tigela de madeira...

Um frágil e velho homem foi viver com seu filho, nora, e o neto mais velho de quatro anos. As mãos do velho homem tremiam, a vista era embaralhada e o seu passo era hesitante.
A família comia junto à mesa. Porém, as mãos trêmulas do avô ancião e sua visão falhando, tornavam difícil o ato de comer. Ervilhas rolaram da colher dele sobre o chão. Quando ele pegou seu copo, o leite derramou na toalha da mesa.
A bagunça irritou fortemente seu filho e nora:
- “Nós temos que fazer algo sobre o Vovô”, disse o filho.
- “Já tivemos bastante do seu leite derramado, ouvindo-o comer ruidosamente, e muita de sua comida no chão”.
Assim o marido e esposa prepararam uma mesa pequena no canto da sala. Lá o vovô comia sozinho enquanto o resto da família desfrutava do jantar no lugar costumeiro. Desde que o avô tinha quebrado um ou dois pratos, a comida dele passou a ser servida em uma tigela de madeira.
Quando a família olhava de relance na direção do vovô, às vezes percebiam nele uma lágrima em seus olhos por estar só. Ainda assim, as únicas palavras que o casal tinha para ele eram advertências acentuadas quando ele derrubava um garfo ou derramava comida.
O neto mais velho de quatro anos assistiu tudo isso em silêncio. Uma noite, antes da ceia, o pai notou que a criança estava brincando no chão com sucatas de madeira.
Ele perguntou, então, docemente para o garotinho: “O que você está fazendo?” Da mesma maneira dócil, o menino respondeu: “Oh, eu estou fabricando uma pequena tigela para você e mamãe comerem sua comida quando eu crescer”.
O neto mais velho de quatro anos sorriu e voltou a trabalhar.
As palavras do menino fez o pai emudecer. Então, lágrimas rolaram de seu rosto. Não era preciso falar nada. Sabia o que precisava ser feito.
Aquela noite o marido pegou a mão do vovô e com suavidade o conduziu atrás da mesa familiar.

Para o resto de seus dias de vida ele comeu sempre com a família. E por alguma razão, nem marido nem esposa pareciam se preocupar mais quando um garfo era derrubado, ou leite derramado, ou que a toalha da mesa tinha sujado.
As crianças são notavelmente perceptivas. Os olhos delas sempre observam, suas orelhas sempre escutam e suas mentes sempre processam as mensagens que elas absorvem. Se elas nos vêem pacientemente providenciar uma atmosfera feliz em nossa casa, para nossos familiares, elas imitarão aquela atitude para o resto de suas vidas.
Os pais sábios percebem que o alicerce do futuro da criança está diariamente sendo construído.


Instrui o menino no caminho em que deve andar,
e até quando envelhecer não se desviará dele.


Provérbios 22:6

2 de mai. de 2011

Um ícone de Deus...


Imagine esta situação real: a mãe tira o carro da garagem, deixa-o por segundos e, quando volta, suas duas filhas (uma de dois anos e outra de seis meses) haviam se trancado no carro com a chave na ignição. A mãe mantém o controle e começa a gesticular e apontar para o trinco da porta. A criança pensa que a mãe está brincando. A mãe continua a apontar para o trinco, mas aquela criança não entende a importância dele. Não percebe o risco que está correndo e não compreende os sinais da mãe. Depois de muitas tentativas ela começa a se desesperar. Mas, para que essa história real acabasse bem, a criança finalmente abaixa o vidro da janela e resolve o problema.

Você percebeu a dificuldade de comunicação entre pessoas de realidades diferentes? Como a mãe da história, Deus está nos mandando uma mensagem para sairmos deste mundo. A mãe estava fora do carro; Deus está fora do mundo. A mãe é muito mais experiente e compreende os perigos daquela situação, e Deus, em Sua infinita sabedoria, conhece bem a enrascada em que estamos metidos. Devido à separação imposta pelos vidros da janela do carro, a mãe gesticulava para a filha apontando para o objeto de sua libertação. Devido à separação imposta pelo pecado, Deus gesticula para nós, apontando para a cruz como o objeto de nossa salvação. A questão é: estamos entendendo Seu recado?
Entre tantos símbolos, por que Deus escolheu uma cruz? Ele precisava escolher um símbolo que carregasse a maior riqueza de significados, e que transmitisse uma mensagem inconfundível de salvação ao homem. Paulo ainda nos diz que, em Jesus, Deus fez convergir a plenitude de todas as coisas, tanto as do Céu, como as da Terra (veja Ef 1:10; Cl 1:20). Ou seja, o tal símbolo deveria fazer sentido para todo o Universo. Deus não está Se revelando somente a nós, mas também aos seres celestiais. Porém, entre nós e Ele, há “um vidro”, uma cortina de separação chamada pecado.
Por meio da cruz, um símbolo de morte, Deus está nos mostrando claramente a gravidade do pecado: o pecado é doloroso, mortal, injusto, humilhante, cruel e segregador. A cruz grita que a culpa é nossa. A cruz carrega o maior símbolo de nossa rebeldia: matamos Deus!
Ao mesmo tempo, o símbolo da degradação humana carrega outras mensagens. Ele nos diz que, a despeito de quem somos e do que estamos dispostos a fazer em nome dos nossos próprios interesses e pecado, Deus está disposto a ir mais longe para nos salvar. Demonstra que Deus não poupa esforços para nos resgatar. Que, com Sua graça que excede em muito nossa falta de méritos, Ele está disposto a perdoar e salvar quem não merece.
Você já parou para pensar que, antes da cruz, alguém poderia ter dito: “O amor não existe.” Mas hoje ninguém pode dizer o mesmo, porque todos vimos que Jesus nos ama voluntária e gratuitamente! Talvez alguém dissesse: “Ninguém é capaz de perdoar, porque o direito legal diz: ‘Olho por olho, dente por dente’.” Mas eu vi Jesus me perdoar gratuitamente, pondo a perder todos os direitos que Ele tem sobre mim. Então, por que não imitá-Lo? Que direito tenho eu de não perdoar alguém?
Assim como alguém que, a distância, precisa dar a você uma mensagem por meio de gestos e símbolos, Deus lhe mandou um recado através da cruz. Um símbolo que Ele escolheu. Um símbolo do passado enviado ao presente e ao futuro. Enviado à Terra e ao Céu. Presos no mundo, vemos Deus nos apontando uma cruz. Por quê? Porque Ele está tentando falar conosco. O que Ele está querendo dizer? Você precisa dessa resposta hoje! É uma questão de VIDA ou MORTE!

Pr. Diego Barreto

17 de abr. de 2011

Vida por vidas...





31 de mar. de 2011

Os dois raios...


Ser eternamente livrado do mal é muito mais importante do que ser, momentaneamente, machucado por ele.”

Sabe da máxima que dizem por aí que “um raio nunca cai duas vezes seguidas no mesmo lugar”? Depende! Se o lugar for a cabeça de alguém esta suposição caiu por Terra – mesmo com ela se movendo 7 mil quilômetros em 7 anos. O “coitado do bendito azarado sortudo” estava na “hora errada e lugar errado” não apenas uma vez, mas, por absurdo que pareça, duas infelizes vezes pra levar uma reprise de relampeada na testa. Bom, não foi bem um relâmpago, no entanto, vale a pena conhecer a história do Zahrul Fuadi – o Homem das Quase Duas Mortes!
Sem dúvida, este homem de 39 anos viveu o bastante pra 2 vidas! Nascido na Indonésia, morava na cidade de Aceh quando, em 2004, o mundo paralisou mediante as imagens aterrorizantes do tsunami global que varreu ilhas e 220 mil pessoas em todas as direções do Oceano Índico. Salvou-se com sua família graças à sua moto que acelerou mais rápido do que a aproximação implacável da onda. Isso já seria uma grande história pra contar – e até esquecer – se não fosse o impensável de alguns dias atrás. Concluindo seu PhD, após reconstruir seus sonhos, ele estava no coração da cidade de Sendai quando a terra estremeceu em solo japonês. O maior terremoto da História do Japão ainda não seria tudo ante o pior que estava por vir: o tsunami aterrador. Novamente, Fuadi estava lá – e com sua família pra não lhe deixar mentir! Mas, desta vez, foram salvos às pressas por sua Embaixada agindo antes que a cordilheira de águas dizimasse outras 10 mil pessoas. Enfim, duas tragédias agressivas e nenhum arranhão pra contar história.

O que você acha disso: sortudo ou azarado? É sorte sobreviver ou azar quase morrer? E ele reconheceu: “Desastres naturais ocorrem sem dar muitas pistas!” Certíssimo. A incerteza do próximo minuto deveria nos despertar em todos os segundos. O mais intrigante é que geralmente as más experiências nos pegam de surpresa. Se tocamos nossas vidas com certa margem de previsibilidade segura, pra quê imaginar que um raio cairá justamente na nossa nuca? Daí, racionalizamos, nos acomodamos, ligamos o automático e desligamos a devoção – ou cultuamos o natural, nos apostatando do sobrenatural. Até, de repente, o imponderável decepar a corda da nossa rede de descanso. Despencamos em pânico. Com a soneca abruptamente interrompida, ficamos desnorteados e absortos pelo susto de sermos peças do jogo, e não as regras dele. Já viu como somos contraditórios? Fazemos turbinas gerarem eletricidade pela força térmica de varetas de plutônio, mas não conseguimos antever um tremor de terra capaz de explodir tudo pelos ares. Monitoramos um raio-x de tórax, porém nos apavoramos só em pensar na radioatividade descontrolada espalhada por aí. Fazemos foguetes tentando pisar em Marte, e nem de longe descobrimos como reduzir a fúria das catástrofes endemoninhadas. Percebe? Somos tão indestrutíveis quanto um formigueiro megalomaníaco na iminência de uma patada de elefante. Se quando a Natureza sussurra a gente emudece, imagina se ela resolve gritar?

Vejo minha filha tentando descer degraus. Agora, qualquer desnível em seu caminho surge como um desafio provocando-a ao extremo. O problema é que sua gana por fazer tudo sozinha não abre espaço pra receber ajuda. Ela pára, olha, calcula, se contorce, vira de quatro, apóia na parede, fecha o punho, escorrega o pé na superfície vertical, e não cede. Às vezes, de longe, eu já sei que não vai dar, mas a linda-cabecinha-dura (que puxou a mãe!) não reconhece – parece até alguém da Melhor Idade tentando correr pra dar um salto com vara! Até, finalmente, ela perceber que não dá. Então, rendida a seu orgulho espatifado, ergue seu bracinho de porcelana na minha direção, e diz “cêêê!” – que, além de “descêêê”, quer dizer “papai, reconheço minha completa falibilidade para galgar tamanha impossibilidade, por gentileza, ajude-me a concluir este desafio de complexidade inexorável!” Ela desce apoiada e quietinha. Eu sorrio maliciosamente abafando a gargalhada de glória, e pergunto: por que ela precisa ser assim? Coragem é uma coisa, agora, preponderância é completamente outra. A exemplo dela nossa independência prematura pode retardar a oportuna segurança só residente nos braços da Onipotência. Temo que nossa altivez humana inutilize a intervenção divina. Ganharíamos mais dependendo antes!

“Sou um homem de fé e acredito!” Não tenha dúvida, depois de 2 raios na testa é inevitável respeitar a soberania dos Céus. Se Fuadi quase morreu duas vezes, o que dizer de eu e você que estamos vivos – graças a Deus – inúmeras vezes? Escapar de uma muralha de águas devoradoras é tão maravilhoso quanto atrasar 2 segundos, sem perceber, pra não atravessar um cruzamento. Um dia você descobrirá que o motorista bêbado no outro carro chocaria diretamente sobre sua amada no banco do carona. Só 2 segundos – e tão importantes quanto 2 raios. Ou, que tal as 2 tentativas amorosas naufragadas que seriam péssimas escolhas até descortinar diante de você alguém muito melhor? Só 2 desilusões – como 2 relâmpagos.

Confesso que eu amo o poder de Deus capaz de reverter o imprevisível na promessa do possível. “Porque a tua graça é melhor do que a vida; os meus lábios te louvam” (Salmos 63:3). Melhor do que viver descendo degraus é sobreviver ao alcance dAqueles braços que podem tudo. Esta graça do Pai lá de cima está disponível bem aqui, pertinho de você. O problema é agirmos irresponsavelmente como se Deus não existisse e um terremoto nunca acontecesse. Este precioso alerta bíblico é “rota de fuga” para casos de tragédias iminentes: se viver é bom, a graça divina de viver mais é melhor ainda! Porque a única coisa melhor do que a vida é garantir sua duração eternamente – e por que não sem interrupção? Acredito que uma moto salvadora “na hora certa e lugar certo” é uma demonstração irrevogável da intrínseca vontade de Deus de resgatar todo mundo do colapso do mal. E ainda 2 vezes?! Será que é sorte? Prefiro crer na Providência.
Não tapo o Sol com a peneira. Sei que nosso heroi azarado-sortudo é como um anel de diamante re-encontrado dentro do esgoto. Porque muita gente boa morreu lá. Que dizer das milhares de famílias cuja Embaixada chegou segundos depois? E dos demais filhos de Deus que só perceberam o monstro das águas quando já estavam engolidos por ele? É muito difícil ter esperança quando é tarde demais. Tem coisa muito errada neste planeta obra-prima dos pinceis impecáveis do Criador (Gênesis 1 e 2). Mas prossigo apegado a uma aparente contradição: “Ainda que a minha carne e o meu coração desfaleçam, Deus é a fortaleza do meu coração” (Salmos 73:26). Como entender um coração fortalecido que se desfalece? Ora, o pecado pode até destruir injustamente corações de carne, mas é a justiça de Deus que há de preservar fortalecida a promessa de resgate eterno de toda esta agonia. Por isso tenho esperança viva no plano da redenção de um Criador que se deixou morrer através do Filho para que todas as suas criaturas pudessem viver por meio do perdão (João 3:16).

Enquanto vou ali, feito deidade, salvar minha filhota de um degrau maior que sua perna, que tal acreditar mais para aguentar ainda um pouco mais? Talvez outros raios caiam nas testas por aí e, quem sabe, sortudos-azarados desfilarão por muitas páginas dos jornais, mas siga em frente! Dizendo “cêêê”, ou “Deus me ajude!”, não duvide na escuridão daquilo que o Pai nos promete às claras: “Deus é fiel, e não permitirá que sejais tentados além das vossas forças; pelo contrário, juntamente com a tentação, vos proverá livramento, de sorte que a possais suportar” (1 Coríntios 10:13). Ser eternamente livrado do mal é muito mais importante do que ser, momentaneamente, machucado por ele.
Até aquele dia quando, diante do Mar de Vidro (Apocalipse 4:6), esqueceremos tudo que nos dias de hoje terá ficado lá pra trás. Você viverá em chão firme, sem degraus intransponíveis, e com graça de sobra pra louvar, dizendo:


Obrigado, Senhor!

17 de fev. de 2011

Proteção no deserto...

“E o Senhor ia adiante deles, de dia numa coluna de nuvem para os guiar pelo caminho, e de noite numa coluna de fogo para os iluminar, para que caminhassem de dia e de noite”.
Êxodo 13:21

Este é o momento em que o Eterno leva Seu povo para a Terra Prometida. A princípio, pode parecer muito estranho o povo de Deus estar numa situação desta, pois se Deus é amor e o Criador de todas as coisas, porque não tornou a vida do Seu povo menos árdua? Por que não “criou” um caminho que não passasse pelo deserto, já que deserto é símbolo de sequidão, aridez, desconforto, etc.? Se lembrarmos, porém, que no deserto a temperatura pode variar de 50 – 80° de dia para 0° à noite, podemos entender o amor de Deus por Seu povo. De dia Ele era uma nuvem que se interpunha entre eles e o Sol escaldante, de tal modo que caminhassem à Sua sombra, à noite, era uma coluna de fogo, que os aquecia com Seu calor.
Apesar de caminharem pelo deserto, Deus tomou todas as providências para que a jornada do Seu povo fosse o mais confortável possível. Tudo isto mostra quão detalhista Ele é, pensa em tudo, em seus mínimos detalhes, nada Lhe escapa ao controle. Portanto, lembre-se, no momento em que as provas forem duras ao ponto de lhe enrijecer e paralisar, Deus o aquecerá para que prossiga em sua jornada, mas se as provas forem fortes, quase a lhe “derreter” o espírito, tirar-lhe o ânimo, Deus será a núvem cuja sombra tornará o ambiente agradável, “porque o Senhor teu Deus é contigo, por onde quer que andares” (Josué 1:9). Apenas siga-O e deixe o restante em Suas mãos...

Gelson de Almeida
Nova Semente