30 de jul. de 2009

?!

A diferença é a essência do humano.

VILHENA*; PIZANI**; MENDES***

*Ana Cristina Cezar Vilhena;

**Rafael Stein Pizani;
***Tiago Henrique Mendes.

29 de jul. de 2009

Confusões...

Há frases que nos fazem refletir de uma dada magnitude cujos contornos muitas vezes não são nítidos e palpáveis. Doravante, frases que já nos fazem parte. Mas assim o podemos dizer apenas pelo atilamento do argumento do agora. De nada nos servia tal disparate se não nos concernisse o agora. Todavia, o agora, ainda que cruciforme, inutilmente se faria sem os sentimentos, ações, pensamentos e, principalmente, as confusões que o faz concretizar-se, que o torna vivaz.
As que seguem abaixo são, em particular, especiais para mim. Espero poder compartilhar de um agora conexo, permitindo novos sentimentos, novos pensamentos, novas ações e, sobretudo, novas confusões...

Tiago Henrique Mendes


"Aqueles que reprimem o desejo, assim o fazem porque o seu desejo é fraco o suficiente para ser reprimido"
(William Blake)

“Cada segundo é tempo para mudar tudo para sempre”
(Charlie Chaplin)

"A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos"
(Charlie Chaplin)

"O único lugar onde o sucesso vem antes do trabalho é no dicionário"
(Albert Einstein)

"A imaginação é muito mais importante que o conhecimento"
(Albert Einstein)

"As pessoas que vencem neste mundo são as que procuram as circunstâncias que precisam e, quando não as encontram, as criam"
(Bernard Shaw)

"Ninguém luta contra as forças que não compreende, cuja importância não mede, cujos contornos não discerne [...]"
(Paulo Freire)

"Liberdade é pouco. O que eu desejo ainda não tem nome"
(Clarice Lispector)

"[...] ninguém é perfeito até que você se apaixone por essa pessoa"
(William Shakespeare)

"[...] quanto menos tempo tenho, mais coisas consigo fazer"
(William Shakespeare)

"Nós somos do tecido de que são feitos os sonhos"
(William Shakespeare)

"O principal objetivo da vida não é a vitória, mas a luta; o essencial não é vencer, mas lutar bem"
(Pierre de Coubertin)

"Brincar com a criança não é perder tempo, é ganhá-lo; se é triste ver meninos sem escola, mais triste ainda é vê-los sentados enfileirados, em salas sem ar, com exercícios estéreis, sem valor para a formação do homem"
(Carlos Drummond de Andrade)

"Quando a gente acha que tem todas as respostas, vem a vida e muda todas as perguntas"
(Luis Fernando Veríssimo)

"A verdadeira coragem reside na comprovação da crença da própria pessoa. Esse ato se resume na fé. Portanto, coragem é sinônimo de fé"
(Daisaku Ikeda)

"Deus segue um plano ao escrever a música de nossa vida. A nossa parte deve ser aprender a melodia e não desanimar nas 'pausas' e 'contratempos' [...]"
(Lílian Tassara)

"Nossa loucura é a mais sensata das emoções; tudo o que fazemos deixamos como exemplo para os que sonham um dia serem assim como nós: LOUCOS… mas FELIZES!!!"
(Mario Quintana)

"[...] Fizeram a gente acreditar que cada um de nós é a metade de uma laranja, e que a vida só ganha sentido quando encontramos a outra metade. Não contaram que já nascemos inteiros, que ninguém em nossa vida merece carregar nas costas a responsabilidade de completar o que nos falta: a gente cresce através da gente mesmo. Se estivermos em boa companhia, é só mais agradável [...]"
(John Lennon)

O simples é a essência de tudo o que nos é auspicioso.

Tiago Henrique Mendes

27 de jul. de 2009

Fim de férias...

Voltar ao serviço é algo mágico, surpreendente, singular, nada melhor do que reencontrar as pessoas com quem compartilhamos grande parcela das nossas horas diárias... Novos planos, novas ideias [agora sem o "é"], ainda que seja em um espaço “antigo”, mas tudo renasce em um ímpeto de novidade que, em nenhum momento, demonstra que ali, outrora, já estivemos... Retornar ao serviço é algo maravilhoso, o que se faz problemático em situações como essa é o retorno DO TRABALHO, uma vez que mui dificultosa e vagarosamente se faz a retomada da cadência que, literalmente, somos forçados a nos impor ao passo de que nossos encargos novamente se fazem presentes.

Tiago Henrique Mendes

Escrever...

Escrever é estar no extremo de si mesmo, e quem está assim se exercendo nessa nudez, a mais nua que há, tem pudor de que outros vejam o que deve haver de esgar, de tiques, de gestos falhos, de pouco espetacular na torta visão de uma alma no pleno estertor de criar.

João Cabral de Melo Neto

25 de jul. de 2009

É simples assim...

Há os se apoquentam por serem acionado a tomar ciência acerca das reais circunstâncias que tudo se faz autêntico, insensível, banal, agonizante, pungente, no entanto, acima de tudo, vivaz... Ainda assim não haverá soberba sombra ou obstáculo que venha atalhar a luz da austera e nua realidade nossa de cada dia!

Tiago Henrique Mendes

24 de jul. de 2009

Tarde de inverno...

Pela janela do meu quarto vejo o balançar das árvores que lutam veementemente contra o cingir do vento frio dessa tarde chuvosa propicia de um mês de inverno.
Apesar do vidro não permitir que o mesmo caminhe, ou seria corra, enfim, tome quarto adentro, ainda assim posso quase senti-lo de forma áspera, fria, cortante e consternador.
Tudo torna-se menos vivo, a luz do sol deixa então de colorir a vida que lá fora parece já não mais existir, a não ser pelas poucas pessoas que vejo se arriscarem a enfrentar mau tempo assim.
O cheiro se vai para um não sei onde, assim como as gotas de chuva, em soporífica melodia, encharcam cada espaço desprovido de um teto.
Os pássaros, que outrora cantavam e voavam livremente pelo céu azul, agora parecem ter desaprendido como bater as asas.
Mas, e sempre há de haver um "mas", o sol nascerá outra vez. Assim como diz o salmista "O choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã" (Salmo 30:5), a chuva [nuvens a chorar] e o vento frio podem perdurar por alguns dias cinzentos, mas o sol, assim como a vida, a cor, a alegria e até mesmo os pássaros, tudo virá outra vez, ainda que não seja pela manhã, mas em tempo breve...

Tiago Henrique Mendes

21 de jul. de 2009

Andando na Luz...

Eis que Deus apareceu outrora a Jacó como Luz (Gênesis 48:3), também a Saulo (Atos dos Apóstolos 9:3), a tantos outros, e hoje a nós, pois Ele é a Luz e não há Nele trevas alguma (João 1:5).
Não obstante, aquele que decide permanecer em Deus deve andar assim como Ele andou (1ª Epístola de João 2:6).
Logo, deveríamos todos andarmos na Luz. Mas O que significa, pois, essa sentença?
Enquanto Jesus esteve na Terra Ele foi a Luz do Mundo (João 9:5). E singularmente demonstrou seu infindável amor a Deus Pai e ao ser humano, que não se mostrava merecedor de tal pois amastes mais as trevas do que a Luz, portanto, suas obras eram más (João 3:19).
Andar como Cristo andou se resume em amar a Deus de todo teu coração, de toda sua alma, de todo seu entendimento e de toda as tuas forças e assim também amar o teu próximo como a ti mesmo (Marcos 12:30 e 31).
Amar o próximo se demonstra algo mais objetivo, palpável e deveria se demonstrar como algo trivial em nosso dia-a-dia. No entanto, e amar a Deus, como podemos caracterizar esse amor?
Jesus nos responde em alto e bom tom o que significa tal amor e se vale apenas de algumas poucas palavras para tal: "Se me amais, guardareis os meus mandamentos" (João 14:15).
Andar na Luz significa, então, andar segundo os mandamentos de Deus (Êxodo 20:3-17), mandamentos estes que, em sua essência, se voltam ao amor a Deus e ao próximo, como dito anteriormente.
Não há como andarmos na Luz e permanecermos em trevas. Isso nos reforça o fato de que Jesus não pecou (1ª Epístola de João 3:5).
O caminho de luz é para todos, mas será que todos se abnegam de entretecer-se aos obstáculos que causam as trevas em nosso viver?
Que nosso caminho seja sempre rumo à Luz verdadeira, uma vez que somente essa Luz pode nos guiar ao Céu que nos fora prometido (João 14:3).

Amém!

Tiago Henrique Mendes

17 de jul. de 2009

Seria errado aceitar este salário?

Ali, na entrada do tabernáculo: um portão
Ao qual chamamos “caminho verdade e vida”
Entrada para onde se fazia expiação
Eram os sacrifícios, uma verdadeira lida.
Na pia, com o sacerdote, diariamente
Era praticado o rito do lavar das mãos
E arrependido, o pecador, publicamente
Demonstrava que aceitava a purificação

Mas a parte mais dramática do santuário
Era onde o cordeirinho era consumido
A maior demonstração teatral do calvário
Onde o Cordeiro de Deus, tendo falecido
Protagonizou, no maior e único cenário
Minha atuação de personagem redimido
Santuário, Calvário, Cenário do Salário
Pago por meu figurante, minha estrela, Cristo

Lugar Santo, o primeiro dos compartimentos
Era iluminado pela luz de um candeeiro
Prefigurando quem é hoje o meu companheiro
Num trabalho silencioso o tempo inteiro
Ali também tinha a mesa dos pães da proposição
Símbolo da suficiência da provisões de Deus
Mas do incensário, lugar solene de oração
Subia um aroma que alcançava o terceiro Céu.

Por de trás do véu, ninguém se atrevia a entrar
Pois a própria glória do Senhor estava presente
Na arca estavam a vara, a lei e o maná
No propiciatório, os dois anjos reverentes
Coração de Israel, Aliança de Jeová
Era a maior figura da fé de todos os crentes
Ver a milagrosa manifestação do shekinah
Glória, Gloria, ao Senhor Deus eternamente!

Mas a parte mais dramática do santuário
Era onde o cordeirinho era consumido
A maior demonstração teatral do calvário
Onde o Cordeiro de Deus, tendo falecido
Protagonizou, no maior e único cenário
Minha atuação de personagem redimido
Santuário, Calvário, Cenário do Salário
Pago por meu figurante, minha estrela, Cristo

Glória, Gloria, ao Senhor Deus eternamente!


Valdeci Jr.

Disponível em: http://www.novotempo.org.br/advir/?p=1994

Filamentos...

O princípio básico do funcionamento de uma lâmpada incandescente é a passagem de energia elétrica por um frágil filamento, envolvido por uma ampola de vidro onde há um vácuo, que se aquece até seu ponto de fusão passando, pois, a emitir luz.
Mas você já reparou em um filamento de lâmpada incandescente?
Aquele frágil, indiferente, singelo fio que torna-se incandescente ao ponto de dar cor à escuridão que outrora havia.
Pode até parecer trivial o fato de que se não há energia, não há luz, mas para o contexto que se segue essa informação é de extrema relevância.
A exemplo de Jesus, que saia para ensinar e pregar pelas cidades (Mateus 11:1), e também dos seus discípulos, que foram chamados para fazer o mesmo (Lucas 9:2), nós, frágeis, indiferentes e singelos cristãos, somos também chamados a fazer o mesmo (Apocalipse 14:6, Mateus 24:14).
Mas falar de Deus ao mundo é algo que muitas vezes se mostra difícil. Os corações de muitos se mostram petrificados às boas novas.
E acabamos por fim desanimando, perdendo as forças, sucumbindo nessa missão..
Me lembro de uma frase: "Sou tão frágil, frágil como folhas de outono" (Folhas de outono - Felipe Valente).
Ao considerar a lógica da lâmpada incandescente, tal qual o filamento, nós, dotados de quase nenhuma robustez, somos agora de grande estima quando conectados àquela energia que de maneira alguma há de findar-se: Deus.
Somos a luz do mundo (Mateus 5:14), e temos que anunciar as boas novas da salvação em Jesus Cristo.
Na língua Tupi-Guarani, a palavra "amanajé" significa mensageiro, aquele que leva a boa nova.
Entendo que a palavra "cristão", dentre seus outros significados como aquele que professa a religião de Cristo, deveria ser um sinônimo de "amanajé", tornando, verdadeiramente, essa sua maior missão afim de abreviar a volta de Cristo.
Que sejamos "filamentos incandescentes", o que não poderia ser diferente uma vez ligados a Deus, levando luz à vida daqueles que ainda se encontram nas trevas, mostrando-lhes o caminho rumo ao céu.
E lembre-se, um filamento, mesmo se encontrando ligado à energia elétrica, não exercendo sua função - prover luz - de nada serve. Assim como a figueira que não tinha frutos deixou de existir pois para nada servia (Mateus 21:19), será que hoje estamos demonstrando algum préstimo?

Tiago Henrique Mendes

Teoria das engrenagens... [2007]

Nossa vida se mostra como um grande mecanismo mecânico com suas infindáveis engrenagens que vêem sustentar seu labor.
No entanto, tais engrenagens correspondem aos indivíduos, às atividades, às responsabilidades, aos deveres, enfim, tudo o que se encontra, ou já se encontrou, presente em nossa vida, provendo, desta maneira, um emaranhado de fatos e ações.
Não obstante, tal qual o mecanismo mecânico necessita de manutenção para seu normal funcionamento, as engrenagens da nossa vida também necessitam de manutenção semelhante.
Porém, esta manutenção, que outrora viria ser feita com graxa ou óleo, passa a ser sustentada por prioridades, ou seja, quão capazes somos de distribuir nosso mesquinho tempo através do transpor de nossos dias.
Dessa maneira que nossa vida caminha, passo a passo, encaixando novas engrenagens, atentando-se para que outras não se deteriorem, deixando que algumas se esvaiam pela astúcia de não mais consegui-las manter em constante manutenção.
Um desfalecer e revigorar constante das peças que faz vivaz a melodia que mais acompanhamos do que orquestramos.
Um enredo metodicamente pulsado pelo giro de cada engrenagem, mas que, por inúmeras vezes, se faz apático às perdas, mantendo-se pela inércia que sempre esteve presente.

Tiago Henrique Mendes

Além do comum... [18/06/2008]

O que há por detrás do muro que veste meus olhos?
Verdades sobre a vida?
Um mistério maior ainda?
Novos cheiros, novas cores, um outrora ou apenas alegria?

O que há por detrás de cada palavra dita em vão?
Cada “sim” que mais parecia um “não”...
Tantas lágrimas, contrição...
Verdades mascaradas fundamentam a opinião...

Será que todos vêem o que eu vejo?
Ou pelo menos olham na mesma direção?
Almejando algo para além do comum...
Uma melodia afável que venha bastar o meu coração...

O que há por detrás de um ato inusitado?
Sinceridade ou interesse?
Cadenciando dúvidas que desfalecem meu corpo...
Inconseqüentemente flui-se a intolerância...

O que há por detrás da ingratidão e insensatez?
Uma porta para a escuridão?
Flashes de uma breve glória amarga que não sustém...
Sentimentos que dominam uma razão vã e sem valia...

Será que todos vêem o que eu vejo?
Ou pelo menos olham na mesma direção?
Almejando algo para além do comum...
Uma melodia afável que venha bastar o meu coração...

Em busca da essência vivaz que rompe a monotonia...
Pelejo contra o que esculpido está em mim...
Mesmo que dentre tantos grãos eu seja apenas um ermo...
Que os frutos sejam fiéis aos meus ideais...

Tiago Henrique Mendes

1, 2, 3... 12 palavras... [28/02/2008]

Eu gosto muito de palavras... Mas, mais que as palavras, o que eu gosto mesmo muito é do que se fala quando se utilizam algumas palavras de que eu gosto... Significados que não se encontram dentro de dicionários. Por exemplo:
Um Sorriso (subst. masc.) não é a «manifestação que se faz, sorrindo, e que exprime um sentimento de benevolência, simpatia ou ironia». Um sorriso são os teus lábios a falar-me de amor.
Ou o Amor (subst. masc.) não é «viva afeição que nos impele para o objecto dos nossos desejos; inclinação da alma e do coração; objecto da nossa afeição»...Não... Nitidamente! O Amor é exultar os dias ao teu lado.
A Música (subst. fem.) nunca é apenas a «arte e ciência de combinar harmoniosamente os sons», é uma maneira de viver a vida e de lhe colocar, como nos filmes, uma banda sonora que nos enfeite os dias!
Também uma Ponte (subst. fem.) não é uma simples «construção que liga dois pontos separados por curso de água ou por uma depressão de terreno». Ponte é aquilo que temos andado a construir, este laço que nos une e nos faz chegar um ao outro com tanta naturalidade.
Dizer que Coragem é a «firmeza de espírito, energia diante do perigo» é, também, dizer tao pouco...Porque coragem é correr o risco, aceitar a saudade e lutar contra ela, é ter medo mas ir em frente.
Como podem as Mãos (do singular Mão - subst. fem.) ser apenas a «parte terminal dos membros superiores do homem»? Nunca... As tuas mãos são um porto seguro, o lugar onde me quero deixar ficar.
E o que é uma Gargalhada (subst. fem.)? Não é (não é!) uma «risada franca, ruidosa e demorada». Onde se percebe aqui o rasgo, o estrondo; onde está a alegria?
Assim como o Verão (subst. masc.) é muito mais que a «estação do ano imediata à Primavera e anterior ao Outono»... Onde se perdeu o calor, a praia,os dias longos, as esplanadas e as roupas leves?
Também o Aniversário (subst. masc.) não se define como o «dia em que se completam anos de idade»... É uma comemoração, é festa, amigos, sonhos novos, novinhos...
E a Beleza (subst. fem.)... Como pode a Beleza ser apenas a «qualidade do que é belo»? Onde se vê a beleza nas linhas do dicionário (onde estamos Nós?).
E o Silêncio (subst. masc.) que é, tantas vezes, muito mais que o «estado de quem se abstém de falar»... Quantas conversas tivemos já em silêncio?
Por último pergunto... Como pode a Vida (subst. fem.) ser só o «espaço de tempo decorrido entre o nascimento e a morte»?
Deviam existir dicionários com corações a bater lá dentro. Só assim se perceberia o valor destas (12) palavras...

Ana Fonseca

Ah, mas se o relógio andasse para trás... eu teria medo do mesmo jeito...

Às vezes tenho medo... mas não sei se é um medo do que está por vir, do que virá... é um medo que, talvez, remeta ao passado... àquilo que um dia fiz e já não há como alterar, pois lágrimas já caíram, pensamentos já passaram, e assim também se foram os momentos de alegria, de tristeza, ira, desgosto, mágoa, riso, prazer e graça...
Às vezes tenho medo... medo sim, pavor não, acho que não é tanto medo assim...
Às vezes tenho medo de ter medo... será que sou covarde, ou apenas um ser em que as dúvidas me devoram corpo a dentro, vivo no entanto, mas com medo...
Às vezes tenho medo... e vejo que, não às vezes, mas quase sempre esse medo é eminente... me faz de estulto, me faz dos olhos, trevas, dos ouvidos, um grande vácuo...
Às vezes tenho medo... sim tenho medo, medo do que se foi, do que poderia não ter ido, mas se foi... afinal, tudo um dia há de ir...
Às vezes tenho medo... mesmo sabendo que o passado não me pertence, mas é dele que vem o grito, o dizer profundo, aquilo que ouvimos, ou seria sentimos, mas que vem sem precisar chamar, vem e vai, dinâmico, genuíno e áspero...
Apesar de tudo, não sei se às vezes tenho medo... acho que apenas penso que o tenho e, se penso, logo imagino coisas... coisas estas que só me são permitidas pela astúcia do se foi, do eu vi, senti, cheirei, toquei, ouvi, vivi...
Às vezes tenho medo... mas só às vezes... acho...

Tiago Henrique Mendes
[18/10/2007]

16 de jul. de 2009

O Intangível Real... [16/07/2009]

O que é real?
Além de nos remeter à ideia do que existe de fato, que é verdadeiro, o real está para além do ínfimo que podemos ver, ouvir, cheirar, degustar, sentir, tocar, enfim, além do que podemos tomar ciência de um mero fato explicativo acerca da circunstância cabal.
E o que é intangível?
Outrora poderia versar sobre intangibilidade valendo-se daquilo que não se pode ser tocado, palpado, sentido pelo viés do tato. Não obstante, quando aceitamos o conceito de realidade que transcende a tênue e turva condição de explicação da mesma, uma contradição me pareceu pertinaz, fomentando, por tanto, um contraponto entre o que nos é real e intangível.
E o contraponto...
O que não se pode explicar é dado como dotado de uma irrealidade autêntica, ainda que temporária, valendo-se de uma irrelevância voraz que propicia sórdidos conceitos a cerca daquilo que ainda não podemos compreender.
Não seria diferente ao se tratar da existência de Deus.
Eis então que surge o contraponto entre o real e o intangível.
Para entender a existência de Deus devemos ir além do conceito de real e nos abstermos do que nos é posto como verdade por intermédio dos sentidos e permitir que o Amor, que é intangível, faça parte de cada mera porção de vida que nos forma.
Logo, Deus, em sua extrema sabedoria, poder e graça, se mostra real, ainda que não podemos explicar com insignificantes palavras, e seu intangível Amor nos vem tocar a cada nascer do sol e em cada momento em que nossos joelhos se encontram ao chão e buscamos incessantemente do Intangível Real - Nosso Senhor.

Tiago Henrique Mendes

A Certeza... [06/03/2009]

A nossa vida está repleta de dúvidas!
Não que duvidamos do direito de viver, mas havemos de considerar a incerteza presente em cada nascer do sol, em cada momento oportuno de decisão, em cada gesto e pensamento que se esvai em vão.
Somente Deus [atenção para tom de exclusividade deste “somente”] sabe o que havemos de enfrentar a cada dia, e não podemos nós, simples mortais, dar-nos o luxo de cobrar dEle um sinal, um norte, que nos indique o caminho.
Sabemos que Ele sempre estará conosco, seja na alegria ou na dor, e que nunca nos deixará faltar absolutamente NADA!
Mas será que temos deixado que Ele fique, ao menos, do nosso lado?
Será que, quando pedimos a Deus para que Ele faça a Sua vontade para com a nossa vida, estamos dispostos a abnegar o desejo próprio?
Será que damos a devida atenção à voz de Deus que, em meio a tantas tribulações, insiste em nos guiar, mesmo sem o merecermos, deixando de lado, portanto, o caminho fútil que o mundo oferece e passando a seguir a voz do Mestre?
Tenho visto muitas respostas de Deus em minha vida.
Mesmo não sendo merecedor de tal graça, Ele me tem mostrado o que me é melhor.
Às vezes, sem motivo algum, me faço cego às respostas que dEle recebo, no entanto, sempre entendo, seja mesmo pela maneira mais difícil, que o que Ele me fala é o melhor para mim...
Não pense que tenho vivido sem provações, dúvidas, ou mesmo desafios que me parecem impossíveis de obter vitória, mas tenho o pleno conforto de ter um Deus que me ampara a cada momento, que não me deixa desviar do caminho correto, que me mantém firme no foco de um ideal cristão, que me garante vitória mesmo na derrota, alegria em meio às dolorosas provações e, acima de tudo, me ama, mesmo sem eu merecer!
Isso tudo só é possível se deixarmos que Ele caminhe em nosso lado e seja nosso Companheiro em tempo integral...
Portanto, viva suas dúvidas de maneira a tentar compreender o plano de Deus em sua vida, deixe Ele te guiar nas veredas da justiça e nunca [atenção ao caráter duradouro presente no conceito da palavra “nunca”] se esqueça que, mesmo não sendo merecedores, Ele vai estar conosco, basta apenas O aceitarmos...
Mostre a Deus que você O aceita!
Diga a Ele que você O aceita!
E tenha o pleno conforto de não caminhar sozinho por este mundo tão sombrio...
Que o amor de Deus e o perdão que Jesus nos garantiu na cruz façam-te mui alegre e grato durante cada nascer do sol!
Que as dúvidas continuem em sua vida, mas que a Certeza de que temos um Deus em quem podemos confiar prepondere sobre qualquer vestígio de hesitação...
Amém!

Tiago Henrique Mendes

Sábado chuvoso... [11/07/2009]


"Gotas de chuva parecem
balbuciar aquilo que apenas
ouvidos dispostos se arriscam
a interpretar - soporífica melodia"

Tiago Henrique Mendes